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Como implantar DevOps e DevSecOps no meu ambiente de dev?

Desenvolvimento de Aplicativos, Desenvolvimento de Software, Dev de Software e Plataformas

Todo líder de TI busca constantemente a eficiência. Ao mesmo tempo, é preciso garantir a velocidade das entregas e a segurança nos ambientes de desenvolvimento de software e aplicativos. É por isso que a adoção das culturas DevOps e DevSecOps são cada vez mais importantes no ciclo de desenvolvimento, já que aumentam a produtividade e a qualidade dos produtos de tecnologia.

Veja neste artigo como colocar esses processos em prática na sua empresa.

Diferenças entre DevOps e DevSecOps

O DevSecOps evoluiu do DevOps, mas as duas práticas têm objetivos diferentes.

O DevOps é a combinação de “Desenvolvimento” e “Operações”. É uma abordagem de desenvolvimento de software com foco na eficiência. Os principais objetivos são encurtar o ciclo de vida de desenvolvimento de software e permitir desenvolvimento e entrega contínuos. Também visa garantir que a entrega permaneça eficiente, sustentável, segura e previsível.

DevSecOps significa “Desenvolvimento, Segurança e Operações”. Trata-se de uma extensão da prática de DevOps e se concentra na segurança para identificar, tratar e evitar as vulnerabilidades em todas as fases do ciclo de vida de desenvolvimento. Para isso, adota procedimentos e ferramentas para que o produto seja de fato seguro e tenha a velocidade do DevOps.

Portanto, enquanto o DevOps se concentra na eficiência das entregas, dando velocidade ao ciclo de desenvolvimento, o DevSecOps busca garantir que as entregas sejam seguras desde a construção até o lançamento.

Confira agora como é a jornada de implantação de cada uma destas abordagens. Veja também os benefícios que elas trazem para o desenvolvimento de software.

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As 5 fases de implantação do DevOps

Fase 1: Planejamento ágil

É a etapa de planejamento e codificação do software ou aplicativo. Envolve também a definição de metas e padrões de qualidade e criação do escopo do projeto. A partir daí, os desenvolvedores passam para a escrita dos códigos.

Importante: Deve-se sempre utilizar ferramentas de controle de versão durante o desenvolvimento, para monitorar todas as alterações realizadas no código que está sendo criado.

Fase 2: Teste Contínuo

O sistema que está sendo desenvolvido precisa ser testado continuamente para identificar falhas e bugs antes do fim do desenvolvimento. Os testes são realizados com alta frequência, para que os problemas possam ser identificados e resolvidos assim que ocorrerem, evitando atrasos e transtornos para o projeto como um todo.

Fase 3: Integração contínua (CI/CD)

A comunicação e a integração entre o time de desenvolvimento e operações de TI é fundamental para o sucesso de implantação de DevOps. A sinergia entre todos os membros da equipe envolve também informações contínuas sobre alterações de código, ferramentas utilizadas, testes e todas as atividades relacionadas ao projeto.

Fase 4: Implantação contínua

Refere-se à validação do código desenvolvido para cada funcionalidade ou atualização. A implantação deve ser automatizada para garantir que o código validado possa ser integrado rapidamente ao ambiente de produção. Ou seja, o desenvolvedor deve ser capaz de rodar o seu código de forma a implementá-lo e já adicioná-lo ao produto final.

Fase 5: Monitoramento

É preciso monitorar continuamente o desempenho da implementação do DevOps na empresa, incluindo a performance dos membros do time de TI, a partir de uma série de indicadores e métricas. Também é necessário monitorar cada uma das outras fases, as ferramentas utilizadas, a qualidade das entregas, entre outros elementos que ajudam a identificar problemas e gargalos, criar planos de ação capazes de corrigir a rota da empresa e potencializar os seus resultados.

Leia também:
Qual a importância do DevOps no desenvolvimento de software?

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Principais benefícios do DevOps

1. Segurança: Ao aplicar a cultura DevOps, é possível rastrear e garantir a conformidade de código, mantendo os padrões de qualidade necessários para a segurança da informação.

2. Agilidade nas entregas: Com a automatização do processo de publicação de software em produção, o ciclo de desenvolvimento fica mais curto e previsível.

3. Mais confiança: Como toda e qualquer alteração realizada em código é registrada, sempre que um erro for identificado no ambiente de produção, é possível rastreá-lo rapidamente, aplicar as correções e publicar o novo código.

4. Mais colaboração. A integração entre setores e times rompe os silos e tende a eliminar problemas de comunicação, aumentando o senso de autorresponsabilidade e de cooperação entre equipes, o que é fundamental para o processo de desenvolvimento de software.

5. Redução de custos. A correção de erros durante o ciclo de desenvolvimento tem impacto direto sobre o custo do software, já que reduz o tempo de trabalho dos times, poupando recursos que podem ser redirecionados para novos projetos.

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Algumas das melhores práticas de DevOps

Embora não haja consenso sobre um conjunto com todas as melhores práticas de DevOps – pois a abordagem já é uma boa prática per se –, algumas delas são obviamente decorrentes da adoção de seus processos e da sua cultura:

Gerenciamento ágil de projetos

As equipes entregam valor aos seus clientes mais rapidamente e com menos dores de cabeça. Os incrementos são menores, mas entregues de forma contínua, sem esperar por uma única data de lançamento.

“Shift-Left”

Quando são “deslocados para a esquerda”, os testes de segurança de código são antecipados. Isso garante detectar bugs e outros problemas no início do ciclo de desenvolvimento, reduzindo esforços e custos para corrigir falhas.

• Automação

Em vez de verificar manualmente o código, o CI/CD automatiza esse processo, permitindo atualizações de código regularmente no repositório principal. Os testes automatizados podem incluir ainda testes de ponta a ponta, testes de unidade, testes de integração e testes de desempenho.

• Monitoramento do pipeline

É importante monitorar o pipeline de DevOps para que uma compilação interrompida ou um teste falho não causem atrasos desnecessários. A automação melhora tremendamente a velocidade do desenvolvimento, mas se houver uma falha em um processo automatizado e ninguém souber, é melhor fazer o trabalho manualmente.

• ​​​​​​​Observabilidade constante

A observabilidade permite depurar ativamente o sistema através de ferramentas e relatórios de monitoramento e status, aplicados tanto ao sistema quanto à infraestrutura. Por exemplo, se houve interrupções ou degradação do serviço, bugs e atividades não autorizadas. Nesse caso, é preciso saber o que está corrompido e entender o motivo, antes que ocorram mais danos, e qual o caminho mais rápido para restaurar o serviço.

• ​​​​​​​Feedback contínuo

Os membros da equipe precisam de todas as informações necessárias para realizar seus trabalhos em tempo hábil, ou não é possível atingir os objetivos do DevOps (qualidade e agilidade). Ou seja, a equipe deve ser alertada imediatamente sobre qualquer falha no pipeline e ter acesso rápido aos resultados de teste de código (que devem ser claros e completos). No gerenciamento de produtos, a equipe é informada sobre quaisquer falhas de produção, bugs ou deficiências de desempenho.

• ​​​​​​​Mudança de cultura

DevOps requer colaboração, transparência, confiança e empatia. Vamos admitir que a maior parte das empresas ainda precisa de muito esforço para desenvolver essas qualidades. As organizações com desenho tradicional são isoladas, o que significa que diferentes equipes têm áreas separadas de responsabilidade e a comunicação ou colaboração é mínima entre equipes. Mudar essa cultura exige tempo e esforço.

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DevSecOps: boas práticas de implantação

1. Auditorias de segurança

É um levantamento da situação atual dos processos e serviços de toda a infraestrutura que suporta os projetos de software e aplicativos para encontrar vulnerabilidades, corrigir e remover completamente as cadeias fracas. Isso pode incluir código de produção em data centers, ambientes virtuais, nuvens privadas, nuvens públicas, contêineres, serverless, microsserviços e muito mais. 

2. Automatização dos testes de segurança

Depois de identificar e corrigir os pontos fracos de segurança, é hora de desenvolver soluções automáticas de escaneamento de segurança para testar com antecedência, frequentemente e rápido. Esse processo fará parte de cada teste unitário de novos recursos adicionados. É assim que os requisitos de segurança são atendidos desde o início do processo de desenvolvimento de aplicações.

Os testes de segurança mais comuns são:

SAST (Static Application Security Testing): verifica os arquivos de origem do aplicativo, identifica com precisão a causa-raiz de e ajuda a corrigir as falhas de segurança subjacentes.

DAST (Dynamic application security testing): simula ataques controlados a sistemas em execução para identificar vulnerabilidades.

3. Monitoramento contínuo

Uma vez que o produto seja liberado, a busca por vulnerabilidades durante o desenvolvimento, teste e operações deve ser um processo constante. É preciso entregar o código com frequência para que as vulnerabilidades possam ser identificadas rapidamente a cada atualização de código.

Se todas estas fases forem aprovadas, é hora de implementar as fases de segurança para os testes dos sistemas em execução. 

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As 6 Fases do ciclo de DevSecOps

Em geral, o pipeline típico de DevSecOps tem 6 estágios que respeitam o processo de SDLC padrão. Ele inclui etapas como planejamento (Plann), codificação (Code), construção (Build), teste (Test), liberação (Release) e implantação (Deploy). Veja rapidamente como aplicar cada uma delas:

1. Plann 

Desenvolva um planejamento para identificar os cenários de onde, como e quando o teste ocorrerá. 

2. Code 

A equipe de desenvolvimento começa a trabalhar no código instalando editores de código, IDEs e outras ferramentas para produtividade máxima e seguem certos padrões para uma codificação uniforme. É a parte mais longa e substancial do processo, pois é onde o projeto real é criado para testagem. 

3. Build 

Durante o processo de desenvolvimento, use as ferramentas SAST para descobrir problemas no código antes de passar para a próxima fase do pipeline.

4. Test 

Certifique-se de que o aplicativo esteja seguro usando as ferramentas de teste dinâmico de segurança (SAST e DAST) no ambiente de execução.

5. Release 

Use ferramentas de análise de segurança para realizar testes rigorosos e verificação de vulnerabilidades antes do lançamento.

6. Deploy 

Depois de executar os testes, envie uma compilação segura para a produção. 

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Principais Benefícios do DevSecOps

• Melhor qualidade e segurança do aplicativo;
• Recuperação mais rápida de incidentes de segurança;
• Melhores implantações de serviços em nuvem com protocolos de segurança fortes;
• Identificação e correção antecipada de vulnerabilidades no código;
• Aumento do uso de automação, especialmente em testes de controle de qualidade; e
• Redução de custos operacionais e economia de tempo: quanto mais cedo você encontrar bugs, mais barato será para você corrigi-los.

Leia também:
Security by Design: por que sua empresa deveria implementar?

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Abordagens que abrem caminho para a inovação

A implantação do DevOps e DevSecOps pode não ser simples e exigir certo tempo para vingarem no ambiente de desenvolvimento. Mas, certamente, os benefícios do superam as possíveis dificuldades iniciais.

Afinal, as melhorias no ciclo de desenvolvimento se refletem na qualidade e na segurança de produtos, em menos falhas e mais produtividade. E tudo isso leva a entregas de valor mais rápidas e à economia de recursos.

Os reflexos também alcançam as equipes multifuncionais de operações e desenvolvimento, com mais comunicação, cooperação e mudança de mindset, o que incentiva a experimentação e a inovação.

Porém, é importante frisar que não existe um pipeline de DevOps/DevSecOps padrão. Por isso, a implementação desses processos depende da empresa, do nível de experiência das equipes, do orçamento e de muitos outros fatores.Por isso, se você está pensando em adotar a cultura DevOps/DevSecOps, busque o apoio de uma empresa especializada em serviços de tecnologia e ajudar você a avançar no mercado de TI.

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